segunda-feira, 9 de julho de 2012

Posso?

Escutando uma música, senti saudade de comandar uma valsa com os dedos no teclado. Esse meu dedilhado devaneio e deveras insano tantas vezes. Há muito tempo eu não me deleito mais nesses versos que vem e vão, nas ideias que ficam, naquelas que ainda nem sei. 

Mas deixa o dedo dançar, deixa o vento me tocar, deixa eu sorrir. Deixa sim. 

Deixa ser saudade, deixa sentir saudade, deixa fazer, deixa perder, deixa chorar, deixa esquecer, deixa se encontrar, deixa Ele cuidar, deixa os medos pra lá, deixa eu dançar. Deixa eu ficar aqui. 

Hoje eu só quero ficar aqui. 


quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Alguns verbos

O sono não veio ontem. Deitada com o travesseiro contra o rosto fiquei pensando na vida que não tão minha vivo. Deu vontade de ler, li. Deu vontade de trocar de lado, troquei. Deu vontade de jogar o cabelo pra frente, joguei. Deu vontade de fingir um grito, fingi. Deu vontade de tirar uns cravos do nariz, tirei. Deu vontade de fazer careta, fiz. Deu vontade de mandar um beijo, mandei. Deu vontade de piscar os olhos bem devagar, pisquei. Deu vontade de escrever, escrevi. Deu vontade de um abraço, cadê você pra me abraçar? Deu vontade de gargalhar, gargalhei. Deu vontade de dançar "Wavin' flag", dancei. Deu vontade de enlouquecer,  cá estou. Louca de amores, como sempre.


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

00:13





Acordar a vizinhança cantando. Não? Tá. Não. Não deu. E visitar as muchachas um pouco longe daqui? Aham. Sério? Não. Tá. Que tal dormir? Agora não. Tomei café. Essa hora? Uhum. Que pena. Vamos conversar? Boa noite [...] Você é feliz? Uhum. E você? Também sou. Dar pra ser mais? Acho que dá. Como? Chamando a vizinhança no meio da noite pra visitar as muchachas. Legal. Sério? Felicidade pode irritar e tira da rotina. Gostei.