sábado, 20 de fevereiro de 2010

THIS TIME


Já é quase outro dia, especificamente, quase domingo. Aquele corpo ainda jovem está deitado na colcha colorida com flores, debruçado, quase que em entrega, sobre aquele livro eletrônico. Seu coração quer dizer uma porção de coisas, mas poucos ouvidos são capazes de ouvir. Afinal, as coisas ditas pelo coração raramente são ouvidas por quem somente fala com a língua.

Certamente, a jovem a quem me refiro não tentará explicar esta outra forma de linguagem. Talvez porque hoje, as explicações não tenham tanta importância.

Hoje as palavras ganharam significados diferentes e os sentimentos novas cores. Hoje os pássaros cantaram diferente e o céu escondeu algo em seu sorriso. Hoje foi um dia diferente, limita-se ela a definir.

O que a levou a esta página foi seu músculo pulsante, gritante. Entusiasmado para lançar sobre estas negras teclas sentimentos ocultos e sons mudos. Só duas pessoas neste planeta poderão entender os relances coloridos em sua mente e as gotas que escorrem de seus olhos. Só eles dois conhecem a intimidade e a conexão de palavras não ditas. Talvez tenha sido ele o mestre a ensinar esta outra linguagem, a linguagem do coração.

Acredite, os dedos adormeceram, a mente flui sozinha, agora, o coração escreve.

O que eu queria? somente este momento.