quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Descanso





Zhu Guo Liang, célebre estrategista militar, estava certa vez rodeado por oito mil soldados inimigos que cercavam as muralhas da cidade. Ele estava encurralado e sabia que enviar um sinal de fumaça a um aliado distante em busca de ajuda apenas convenceria o inimigo de que ele estava se sentindo fraco e desesperado. Então, abriu os portões da cidade e sentou-se numa cadeira, no pátio de entrada vazio, dedilhando seu pipa, um instrumento semelhante a um alaúde, e cantarolando músicas de sua terra natal, de olhos fechados. Os batedores do exército inimigo ficaram surpresos as depararem com Zhu se divertindo, indiferente ao assédio avassalador que ocorria naquele momento. Silenciosamente, saíram da cidade mais rápido do que haviam chegado, acreditando que o astuto Zhu tivesse preparado um contra-ataque de surpresa e estivesse apenas esperando que eles entrassem afoitamente. Ninguém poderia acreditar que Zhu contava com apenas duas dúzias de soldados dentro dos muros da cidade.

Em "A montanha e o rio" de Da Chen, página 145, 2° parágrafo.



É estranho descobrir e acreditar que Deus quer que nos deleitemos Nele, é difícil crer que podemos descansar em Seu amor. É quando buscamos, de todas as formas, "cuidar da nossa vida", "correr atrás dos nossos sonhos". Encontramos nossa vida, no entanto, quando permitimos entregá-la Aquele que pode revela-la a nós: Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á (Mt 16:25).

Quando descanso vem o ânimo de descobrir, de fazer, praticar, agir. Quando foge a razão, eu compreendo a vida. Quando vivo de forma diferente encontro Nele o sentido de tudo.

Despreocupar-se. E então se permitir fazer e acontecer verdadeiramente.