terça-feira, 12 de abril de 2011

Pic nic





Eu não conseguia tirar meus olhos daqueles lábios a sorrirem. A alegria dele contagiava-me, contagia-me. Eu fico a pensar naquele menininho a fechar os olhos, a gargalhar, a chorar e a se entortar todinho com minhas cócegas.

Um "pára" nada sincero. Uma vontade imensa de viver. Brilho nos olhos, vida nas veias, pura inocência a transformar meu mundo.

Inocência a transformar meu mundo.

Quando você olha nos olhos de uma criança o que você vê? Quando você olha seus olhos no espelho o que você vê? Quando você olha os olhos de um frentista o que você vê? Quando você olha os olhos dos seus pais em uma conquista sua, o que você vê?

O que você tem visto nas pessoas? O que você tem procurado encontrar nelas?

Vindo para casa numa tarde leve, gostosa e surpreendente como esta, eu fiquei a pensar em Mateus 18:3 que diz que se não nos convertemos e não nos fizermos como meninos, de modo algum entraremos no reino dos céus.

Em uma tarde de abril, eu quero apenas ter um coração puro como os das crianças. Um coração que gargalha com as cócegas, que não se cansa de ser feliz, um coração apaixonado, simples, contrito, aberto a aprender, um coração que brinca, que chora quando quer chorar, um coração que não se preocupa se a roupa está toda amassada, se o cabelo está despenteado, um coração mais despreocupado.

Que se esvaiam de mim essas coisas de gente grande. Esses problemas que nos impedem de crer. Eu a me surpreender dançando um reggae e amando um amor maior cuidando de mim.

Eu fecho meus olhos, eu solto um falso "pára", eu brinco de ser feliz e brincando eu sou feliz.

Lá, lá, lá enamorado [...]

Hoje são muitas as palavras que eu queria escrever, mas eu não sei como colocá-las para fora. Eu sinto uma grande alegria tomando conta de mim, e não sei se choro, se sorrio, se canto, se grito, se corro, se pulo...

Um coração simples como os das crianças. Um coração segundo o caráter de Cristo.

[...]

Existem pessoas morrendo em todas as partes do mundo sem conhecerem um coração assim, o mais lindo e sublime coração. Muitas estão a caminhar nas calçadas, a olhar nas janelas dos carros, do ônibus. Muitas estão em casa...

O que você tem visto nas pessoas? O que você tem procurado ver nelas?






Uma criança balança as pernas ritmicamente por excesso de vida, não pela ausência dela. Pelo fato de as crianças terem uma vitalidade abundante, elas são espiritualmente impetuosas e livres; por isso querem coisas repetidas, inalteradas. Elas sempre dizem: "Vamos de novo"; e o adulto faz de novo até quase morrer de cansaço. Pois os adultos não são fortes o suficiente para exultar na monotomia. Mas talvez Deus seja forte o suficiente para exultar na monotomia. É possível que Deus todas as manhãs diga ao sol: "Vamos de novo"; e todas as noites à lua: " Vamos de novo". Talvez não seja uma necessidade automática que torna todas as margaridas iguais; pode ser que Deus crie todas as margaridas separadamente, mas nunca se canse de criá-las. Pode ser que Ele tenha um eterno apetite de criança; pois nós pecamos e ficamos velhos, e nosso Pai é mais jovem do que nós.
G. K. Chesterton

Feliz aquele que teme a Deus, o Senhor, e vive de acordo com a Sua vontade! Se você for assim, ganhará o suficiente para viver, será feliz e tudo dará certo para você.
Salmos 128:1-2

E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
Romanos 12:2